Segundo um estudo que avaliou 700 adultos, dos quais 433 tinham doença pulmonar obstrutiva crônica, verificou-se que as mulheres expostas ao fumo passivo quando crianças tinham chance 1,9 vezes maior de desenvolver problemas pulmonares do que aquelas que não haviam compartilhado ambientes com fumantes durante a infância. Já os homens apresentaram risco 1,7 vezes maior de ter problemas no pulmão do que os demais voluntários.
O estudo, que foi realizado por uma equipe do Haukeland University Hospital, na Noruega, e publicado na revista Respiratology, teve como principal objetivo destacar os perigos do tabagismo. Os pesquisadores investigaram, detalhadamente, os fatores de risco no grupo em que apenas 325 pessoas não acusaram patologias no pulmão. Eles mostraram também que a exposição ao fumo passivo na infância é bem mais agressiva do que a mesma exposição na fase adulta.
Além das doenças respiratórias, a exposição frequente de crianças ao fumo passivo pode ocasionar enfermidades na garganta e favorecer o surgimento de problemas no ouvido, provocando queda no rendimento escolar e aumento de evasão nas escolas.
De acordo com Instituto Nacional do Câncer nos Estados Unidos, cerca de 3 mil indivíduos não fumantes têm óbito anualmente por câncer de pulmão provocado pela exposição ao fumo passivo, que é a terceira principal causa dessa doença, perdendo apenas para o fumo ativo e para o contato com gás radônio. O câncer no pulmão mata mais mulheres que o câncer de mama e a maioria delas conviveram em ambientes com fumantes durante a infância e a adolescência.
Editora médica: Dra. Anna Gabriela Fuks (615039RJ)
Jornalista responsável: Roberto Maggessi (31.250 RJ)