Podemos considerar como vilões da fertilidade alguns fatores como tabagismo, sedentarismo e estresse, entretanto, segundo o urologista Renato Fraietta, do setor de reprodução humana da Unifesp, qualquer fator que altere o funcionamento normal do organismo da mulher pode provocar irregularidades reprodutivas, inclusive poluição e ansiedade. Mulheres tabagistas, estressadas e sedentárias também possuem risco maior de desenvolverem sobrepeso e obesidade.
Estudos recentes realizados pela Boston University School of Public Health sugerem que acrescentar caminhada leve à rotina pode melhorar a fertilidade das mulheres que estão tentando engravidar. Esse estudo avaliou três mil mulheres que desejavam ter filhos, mas que não faziam tratamento para tal. O nível de atividade foi medido por meio de questionário único e dividiu os exercícios em vigorosos e moderados:
- vigorosos – corrida, ginástica, natação e ciclismo;
- moderados – atividades de caminhada rápida, ciclismo de lazer, golfe e jardinagem.
As conclusões associaram o exercício moderado à redução, ainda que pequena, do tempo para engravidar; o exercício vigoroso não atrasou a concepção nas mulheres que estavam com sobrepeso ou obesas.
Além desses resultados, os pesquisadores observaram que as mulheres com peso normal que faziam atividade física intensa, cinco ou mais horas por semana, tinham 42% menos probabilidade de engravidar, e comparação com as que não faziam esses exercícios.
Concluiu-se que em mulheres com sobrepeso e obesidade qualquer exercício pode ser benéfico. Estar acima do peso reduz as chances de engravidar e a prática regular de atividade física pode melhorar a fertilidade.
A consulta a um especialista é fundamental para que as mulheres se orientem quanto às necessidades de mudança de estilo de vida, quando se deseja engravidar.
Editora médica: Dra. Anna Gabriela Fuks (615039RJ)
Jornalista responsável: Roberto Maggessi (31.250 RJ)