Fissura Labial e Fenda Palatina

Criança tapando a boca

 

Definição

A fissura labial e a fenda palatina são malformações congênitas que ocorrem durante o desenvolvimento do embrião. Suas apresentações são variáveis e a incidência é maior na etnia amarela e menor na negra. Popularmente, são conhecidas como lábio leporino e goela de lobo.

Causas

As causas para essas malformações ainda não foram totalmente esclarecidas. As anomalias podem afetar um ou dois lados da região orofacial, ocorrer isoladamente ou em conjunto ou ser um dos componentes de uma síndrome genética. Entre os fatores de risco que podem estar envolvidos estão deficiências nutricionais e algumas doenças maternas durante a gestação, radiação, uso de determinados medicamentos durante a gravidez, álcool, fumo e hereditariedade.

Sintomas

A fissura labial é uma abertura que começa na lateral do lábio superior, dividindo-o em dois segmentos. Essa falha no fechamento das estruturas pode restringir-se ao lábio ou estender-se até o sulco entre os dentes incisivo lateral e canino, atingir a gengiva e o maxilar superior e alcançar o nariz. Já a fenda palatina pode atingir todo o céu da boca e a base do nariz, estabelecendo comunicação direta entre um e outro.

Os sintomas dos problemas não são meramente estéticos e envolvem efeitos como má nutrição, distúrbios respiratórios, de fala e audição, infecções crônicas e alterações na dentição. Ainda podem provocar distúrbios emocionais, de sociabilidade e de autoestima.

Diagnóstico

O exame de ultrassonografia torna possível o diagnóstico das fendas labiopalatinas a partir da 14ª semana de gestação.

Tratamento

O tratamento envolve abordagem multidisciplinar, com a participação de cirurgião plástico, otorrinolaringologista, odontologista, fonoaudiólogo, entre outros.

A recomendação atual é corrigir a fissura labial cirurgicamente nas primeiras 24 h a 72 h depois do nascimento do bebê para reconstituir o lábio superior e reposicionar o nariz. Já nos casos de fissura palatina, somente por volta de 1 ou 2 anos, a criança deve ser submetida à reconstituição cirúrgica do céu da boca. O fechamento completo é realizado em etapas.

Prevenção

Como o problema pode ser genético, nem sempre há uma forma de prevenção. Uma possibilidade é evitar os fatores de risco e realizar um diagnóstico precoce por meio do exame de ultrassonografia, a fim de que os pais possam ter tempo para buscar acompanhamento médico e se preparar para o problema do filho.

 

Editora médica: Dra. Anna Gabriela Fuks (615039RJ)
Jornalista responsável: Roberto Maggessi (31.250 RJ)