Malária

Dedetizando

 

Definição

A malária é uma doença infecciosa causada pelo protozoário do gênero Plasmodium e transmitida pela picada do mosquito Anopheles.

Ela mata cerca de 3 milhões de pessoas por ano e afeta mais de 500 milhões de indivíduos. No Brasil, está concentrada em regiões específicas, entre elas Acre, Amazonas, Amapá, Mato Grosso e Maranhão.

Causas

A malária é transmitida pela picada das fêmeas do mosquito do gênero Anopheles. A maior atividade do mosquito dá-se à noite, que se contamina ao picar portadores da doença, tornando-se o principal vetor para outras pessoas. A infecção humana começa quando um mosquito insere esporozoítos (etapa do ciclo de vida de um parasita protozoario durante a qual pode infectar novos hóspedes), que são transportados pela corrente sanguínea até o fígado, onde se reproduzem. A doença é causada pelos efeitos diretos da invasão e destruição das hemácias.

Sintomas

A malária causada pelo protozoário P. Falciparum caracteriza-se, inicialmente por sintomas inespecíficos, como dores de cabeça, fadiga, febre e náuseas, sintomas que podem durar vários dias. Mais tarde eles evoluem com episódios de calafrio e febre intensa. Estas crises, mais freqüentes no final da tarde, iniciam-se com a elevação da temperatura até 39-40 º C e são seguidas de palidez e tremores severos, terminando com vermelhidão da pele e suores abundantes. Segue-se a normalidade até a crise seguinte.

Diagnóstico

Como a distribuição geográfica da malária não é homogênea, tornam-se importantes, durante o exame clínico, a investigação sobre a área de residência ou o relato de viagens às áreas endêmicas, transfusões de sangue ou compartilhamento de agulhas entre usuários de drogas injetáveis. O diagnóstico da malária só é possível pela demonstração do parasito, ou de antígenos relacionados, no sangue do paciente por meio dos métodos específicos.

O método oficialmente adotado no Brasil é o da gota espessa. Mesmo com o avanço da técnica diagnóstica, com o advento de outros testes rápidos, este exame é simples, eficaz, de baixo custo e fácil realização.

Tratamento

Procurar um médico aos primeiros sinais da doença é fundamental para a indicação do melhor tratamento para cada caso. Somente o especialista poderá orientar o paciente em relação aos procedimentos adequados e ao uso de remédios.

A malária causada pelo P. falciparum é uma emergência médica, os outros tipos são mais brandos. A quinina ainda é usada no tratamento, mas a maioria dos parasitas já é resistente à sua ação. Outras drogas sintéticas mais eficazes estão sendo mais utilizadas e existem vacinas em desenvolvimento.

Prevenção

Embora haja inúmeros estudos em andamento para a criação de uma vacina antimalárica, ainda não há uma imunização eficaz contra a doença. A malária está incluída entre as patologias negligenciadas que afetam especialmente os países pobres e em desenvolvimento. A melhor medida de prevenção, até o momento, é a erradicação do mosquito Anopheles, que transmite o parasita Plasmodium, causador da doença. O uso de inseticidas mais potentes, até então proibidos no Ocidente, tem aumentado porque os riscos da malária são muito superiores aos do produto. A utilização de redes contra mosquitos é útil na proteção durante o sono. Os cremes repelentes de insetos também são eficazes, embora de custo elevado. A roupa deve cobrir a pele o mais completamente possível durante o dia. O mosquito não tem tendência para picar rosto ou mãos, preferindo pernas, braços e pescoço, onde os vasos sanguíneos são mais acessíveis.

 

Editora médica: Dra. Anna Gabriela Fuks (615039RJ)
Jornalista responsável: Roberto Maggessi (31.250 RJ)