Período de flores e alerta

Criança com catapora

 

Dia 23 de setembro marca o início da primavera, estação mais florida do ano e também mais propícia para a disseminação da varicela, doença conhecida popularmente como catapora. As temperaturas elevadas costumam facilitar o aumento dos casos, que geralmente são benignos e atingem principalmente crianças. Por ser altamente contagiosa (sua transmissão ocorre por contato direto por meio de saliva, secreções respiratórias ou contato com o líquido do interior das feridas) é importante a realização de trabalhos de prevenção, a fim de frear os surtos da doença.

Entre os sintomas principais da catapora estão a febre e o aparecimento de diversas bolhas com líquido dentro espalhadas pelo corpo. Essas bolhas evoluem para crostas até a cicatrização. Apesar de muitas vezes não ser considerada grave, a doença é bem incômoda e as feridas podem causar coceira, ardência e deixar marcas pelo corpo. Em adolescentes ou adultos, dores musculares, articulares e quadros febris mais intensos são vistos com maior frequência. É importante lembrar que a catapora é uma doença que pode afetar outros órgãos além da pele e tem evolução variável de acordo com a defesa imunológica do indivíduo que a contraiu.

Uma forma eficaz de prevenção é a vacinação. Mesmo não fazendo parte do calendário oficial do Ministério da Saúde, a vacina já existe e está disponível para a população. Em São Paulo, região que possui sistema de vigilância epidemiológica para os surtos de catapora, a Secretaria de Saúde oferece gratuitamente as vacinas em creches e escolas, imunizando crianças com menos de 6 anos de idade, evitando, assim, futuros casos da doença. Em 2010, o estado registrou 39.043 casos de varicela e até julho de 2011 foram registrados 1.413.

Cuidados com a doença

Procurar um médico nos primeiros sinais da catapora é fundamental para a melhor indicação de tratamento para cada caso. Somente o especialista poderá orientar o paciente em relação aos procedimentos adequados e ao uso de remédios. O tratamento é focado no alívio dos sintomas.

Em geral, o número de lesões varia entre 250 e 500 e, após a formação das crostas, elas permanecem por até duas semanas. Depois de infectado, o indivíduo se torna imune à doença. Durante o tratamento é essencial garantir algumas condições de higiene para evitar infecções secundárias por meio das lesões na pele.

  • Lave as mãos constantemente e mantenha as unhas aparadas e limpas.
  • Não coce nem arranque as crostas que se formam nas feridas.
  • Beba muito líquido e mantenha uma alimentação leve.
  • Faça repouso e evite contato com pessoas que possam pegar a doença.
  • Use roupas leves.

 

Editora médica: Dra. Anna Gabriela Fuks (615039RJ)
Jornalista responsável: Roberto Maggessi (31.250 RJ)