Saúde do homem em dia

Pai com o filho

 

Com o Dia dos Pais chegando, temos mais uma razão para lembrar dos importantes cuidados com a saúde do sexo masculino. Segundo dados do Ministério da Saúde (MS), a mortalidade entre homens é maior do que entre mulheres em praticamente todos os ciclos de vida. A cada três mortes de adultos no país atualmente, duas são do sexo masculino. Isso é ainda mais alarmante quando relacionado com os jovens: na faixa etária de 20 a 30 anos, o risco de morte é 80% maior no sexo masculino.

Sem dúvida, um dos fatores que contribui para esses números é a maior resistência apresentada pelos homens no momento de procurar cuidados médicos. Essa questão pode até ser considerada cultural, uma vez que eles são educados para demonstrar sempre força e autossuficiência. Preocupado com esse perfil, o Ministério da Saúde desenvolveu a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem. Lançada em agosto de 2009, ela tem o intuito de estimular esses cuidados e funciona como uma resposta a esse problema de saúde pública.

Dados divulgados pelo MS mostram que os homens vivem, em média, sete anos menos que as mulheres e têm mais doenças do coração, câncer, colesterol e pressão arterial elevada e maior tendência à obesidade. Além disso, utilizam álcool e outras drogas em maior quantidade, estão mais expostos a acidentes de trânsito e trabalho e encontram-se envolvidos na maioria das situações de violência.

Por isso, aumentar a procura por acompanhamento médico e estimular a realização de exames periódicos para avaliar o estado de saúde dos homens são fatores que podem contribuir para a diminuição dos níveis de mortalidade entre eles. Isso se torna ainda mais claro quando se evidencia que a maioria dos homens só procura ajuda médica quando já está muito doente, reduzindo as chances de cura.

Cuidados importantes

A seguir, são apresentados alguns cuidados que podem prevenir futuros problemas e que devem ser estimulados entre os homens brasileiros.

  • Pressão arterial: homens saudáveis, com menos de 50 anos de idade, devem medir a pressão a cada dois anos. Depois disso, o acompanhamento tem de ser no mínimo anual. Em caso de histórico de hipertensão, doenças cardíacas ou renais, derrame, diabetes ou obesidade, essa checagem deve ser ainda mais frequente.
  • Colesterol e triglicérides: homens jovens e sem problemas de saúde devem realizar esses testes a cada cinco anos. Já a partir dos 40 anos de idade, esse intervalo deve ser bastante reduzido, pois o período é considerado crítico entre os médicos.
  • Próstata: o exame ainda encontra grande resistência por parte dos homens. A partir dos 40 anos de idade, deve-se começar a fazer o toque retal e a medição sanguínea do antígeno prostático específico (PSA) periodicamente.Indivíduos da raça negra ou com histórico familiar de problemas na próstata devem antecipar o exame.
  • Oftalmológico: para quem não usa óculos e está com menos de 50 anos de idade, o recomendado é fazer um exame de vista a cada três anos, podendo variar de acordo com a necessidade. Esse intervalo cai para dois anos se a pessoa tiver mais de 50 anos ou usar óculos. Homens que têm diabetes, hipertensão ou histórico familiar de problemas oculares devem fazer o exame anualmente.
  • Odontológico: pelo menos uma vez por ano, deve-se verificar a saúde da boca. Quem fuma precisa ir ao dentista mais vezes.

 

Editora médica: Dra. Anna Gabriela Fuks (615039RJ)
Jornalista responsável: Roberto Maggessi (31.250 RJ)