Síndrome da Fadiga Crônica

Fadiga do serviço

 

Você já ouviu falar na síndrome da fadiga crônica? O cansaço é uma das principais queixas de pacientes que procuram atendimento médico. Esse sintoma pode estar relacionado com algumas doenças, entre elas, insuficiência cardíaca, enfisema pulmonar e hipotireoidismo. Entretanto, se após a realização de exames específicos nenhuma doença for identificada como causadora do cansaço, o indivíduo pode ser portador da síndrome.

Em geral os pacientes sentem-se excessivamente cansados, o que os impede ou atrapalha na execução de tarefas normais do dia a dia, como trabalhar. A dificuldade em definir e diagnosticar a síndrome, já que não existe um padrão típico, nem mesmo um método diagnóstico, acaba prejudicando a aceitação da mesma entre pacientes, familiares, colegas de trabalho e até mesmo pelos planos de saúde. Os sintomas são mais comuns em mulheres que em homens.

O diagnóstico da síndrome da fadiga crônica é baseado em critérios específicos definidos pelo International Chronic Fatique Syndrome Study Group. Podem ser considerados portadores da doença pessoas com fadiga persistente, inexplicável por outras causas, que apresentem, no mínimo, quatro dos sintomas elencados por um período de pelo menos seis meses:

  • dor de garganta;
  • gânglios inflamados e dolorosos;
  • dores musculares;
  • dor em múltiplas articulações, sem sinais inflamatórios (vermelhidão ou inchaço);
  • cefaleia com características diferentes das dores anteriores;
  • comprometimento substancial da memória recente ou da concentração;
  • sono que não repousa;
  • fraqueza intensa que persiste por mais de 24 horas depois da atividade física.

 

É importante lembrar que pessoas com história prévia de ansiedade ou depressão têm probabilidade maior de desenvolver a síndrome. Durante o tratamento, recomenda-se uma abordagem integral, que envolva o indivíduo, família e profissionais de saúde de maneira interdisciplinar. Isso é fundamental, tendo em vista que a doença encontra dificuldades de aceitação e interfere diretamente na vida social do paciente, ocasionando problemas com trabalho e estudo, por exemplo. Terapia cognitiva comportamental e exercícios gradativos são considerados os tratamentos mais eficazes e, portanto, são recomendados para os portadores da fadiga crônica.

 

Editora médica: Dra. Anna Gabriela Fuks (615039RJ)
Jornalista responsável: Roberto Maggessi (31.250 RJ)